Instituição: Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo
Projetos de pesquisa em andamento:

1)Os caminhos da Metrópole (Bolsa Produtividade – CNPq)
Palavras-chave:cidade, cultura jovem, circuito
Alunos vinculados: Carolina de Camargo Abreu, Bruna Mantese, Alexandre Barbosa, Daniela do Amaral Alfonsi, Camila Iwasaki, Clara de Assunção Azevedo, Fernanda Noronha, Ana Lúcia Mendes Borges, Adla Youssef Bourdoukan
Resumo: Esta pesquisa propõe-se dar continuidade e ampliar o alcance da linha de reflexão de projetos anteriores sobre a dinâmica  cultural, sociabilidade e modos de vida no contexto da metrópole mantendo quatro pontos já apresentados: a) discussão teórica sobre o conceito de cidade e seu desdobramento em modelos; b) retomada de algumas categorias, em especial  as de “circuito”, “trajeto” e “mancha“ para a análise de processos urbanos em escala metropolitana; c) atualização do debate em torno da temática do tempo livre e do lazer; d) escolha de recortes empíricos, na área de práticas culturais do segmento jovem, que constituem “circuitos” típicos de uma cidade de grande porte. Propõe-se, ademais, complementar o enfoque “de perto e de dentro” do olhar etnográfico, entendido como o que permite captar a dinâmica cultural no plano dos diferentes grupos, com a perspectiva de um “olhar distanciado”,  que possibilita estabelecer conexões com dimensões mais abrangentes. Saiba mais sobre antropologia urbana no Brasil.
2) Os espaços da diferença: etnografia no circuito dos surdos na cidade de São Paulo
Palavras-chave:cultura surda; circuito; metrópole
Aluno vinculado: César Augusto de Assis Silva
Resumo: O recorte da pesquisa, desenvolvida numa equipe interdisciplinar, com a lingüística e a história,  é uma  população considerada, do ponto de vista  do senso comum ou mesmo das ciências da saúde como deficiente,  mas que, observada  em  determinados  espaços de encontro e lazer desenvolve  formas de sociabilidade que têm como base a  língua de sinais e um conjunto de comportamentos denominado “cultura surda”. Essa polaridade entre  “deficiência”  e  “diferença”, que também  tem a ver  com o caráter  privado ou público do espaço onde se manifesta, coloca uma questão de fundo para a pesquisa antropológica na medida em que se trata de uma abordagem de “ouvinte” –  construída na modalidade auditiva-oral – a respeito de  uma cultura desenvolvida em outra modalidade, a gestual-visual. Dicotomias clássicas como natureza/cultura, sujeito/objeto, familiar/distante podem ser retomadas a partir de situações suscitadas pelo trabalho de campo.